Filha do Carpinteiro do Montese (Serrese)

Meu tio, Francisco de Assis Pinto, era carpinteiro, marceneiro, desenhava e projetava móveis de madeira e compensado. Onde ele estiver, sei que está mandando aquele pó medicinal da cerragem da marcenaria para nós e para a família. Ele protege tanto a mim, quanto meu irmão José Barroso Aguiar Neto, o Barrosinho, ou J.B., como nossa mãe gosta, que era o protagonista, de uma série, americana, de muita audiência, na Rede Globo, em 1990. Nosso pai, de coração, marido de nossa mãe-neném, era muito caridoso, dividia tudo o que tinha, tirava o da boca, para dar aos mais necessitados. Não queria nada a mais para ele. Tinha uma só camisa, um só calção e um só calçado. Montou uma marcenaria e ensinou o ofício ao meu avô. Ele me chamava de filha, em consideração a mãe neném, às vezes me colocava no colo, mas eu já tinha dez anos e ficava pouco tempo, pois era muito pesada para as pernas dele, o que eu podia fazer por ele, era coçar-lhe as costas, a mesma coisa que eu costumava fazer nas costas do meu pai, Alberto Hermes, e o laisser-faire que eu e Erivaldo temos, um com o outro, de coçar as costas, um do outro. Amor de cachorrinhos, amor que salva, amor que lambe, amor que tchuca, amor que cura, amor!

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