Quero agradecer ao meu irmão, aos meus pais e a todos os genitores do mundo

Toda gratidão, primeiramente, ao nosso pai do céu, nosso Deus criador, seja ele uma divindade feminina ou masculina. Imagino que nosso Deus tenha todos os sentimentos e a compreensão do masculino e do feminino, pois criou ambos para se complementarem e viverem em Harmonia, em plena paz e santo gozo. Agradeço pelo desprendimento e generosidade dos meus pais, por me receberem nesse mundo, nesse plano físico. Fui desejada, planejada, querida, abençoada e muito bem recebida pelos meus pais, em especial minha mãe que me abrigou, pessoalmente, com o próprio corpo, por nove meses e ao meu pai que deu todo afeto, todo carinho, todo amor, toda infraestrutura, colocou meias Kendal, de média compressão, nas pernas e pés da minha mãe, para ela não sofrer das varizes, não ter eclampse, nem pré-eclampse, para que ela sobevivesse e para eu nascer bem, toda formada, bem formada, chorar a plenos pulmões e ser acolhida, no seio materno, sob o olhar cuidadoso, caridoso, paterno. Agradeço pelos meus pró-genitores, avós, que ficaram me esperando, em casa, me aguardando como um presente de Deus. Como a certeza da continuidade do amor deles, do bem que eles plantaram pelo universo. Lembro que eram pessoas boas, maravilhosas, amáveis, amantes do próximo, como imagem e semelhança de Deus. Tanto meus avós como meus pais, sempre deram exemplo de auxílio ao próximo, nem que tivesse que ser, escutar suas lamúrias, suas dores, suas aflições. Eles sabiam que uma confissão, uma conversa, uma atenção, descarrega a alma das perseguiçoes mentais, espirituais, da auto-culpabilidade. Meu avô materno, quando saiu da fábrica Cerama, aposentado, ensinava o ofício de mecânico aos filhos, soldava, recuperava a lataria dos veículo com massa plástica, própria para carros, lixava, pintava,tinha paletas de cores para os clientes bem escolherem qual a tinta auto-motiva iriam conviver em seus meios de transporte. Tudo isso com um preço justo e com muito respeito aos clientes e funcionários. Entregava, geralmente, no prazo estipulado, tinha às vezes algum carro reserva para o cliente utilizar, enquanto seu carro estava na retífica. Ensinou os filhos homens a dirigir, mas não gostava de dirigir. Nunca vi, meu avô, também chamado de Mestrim, por ser pequenininho, na estatura, mas certamente, um grande homem, com um grande coração, grande respeito e solidariedade pela comunidade onde vivia. Doava cestas básica para as famílias das amigas, após o falecimento de minha avó de Viçosa, Alzira, a mãezinha. Durante suas vidas, juntos, sempre tiveram o maior respeito e o maior amor, um com o outro, dormindo juntos todos os dias de suas vidas, desde o casamento. Quando geraram três filhas, igualmente caridosas e generosas, que lhes trouxeram genros da mesma estima e netos, igualmente respeitosos e amorosos. Até hoje, a casa que eles construíram juntos, está de pé, a filha mais nova, a caçula, ficou para prestar o mesmo atendimento a quema ela chegar. Além disso, a casa conta com uma área frontal, com um belíssimo jardim, cultivado pela própria Dona Alzira e a primogênita Eunice, que se tornou uma arrimo de família, uma coluna de sustentação daquela casa e da família. Quem agüava as plantas com mais assiduidade, trazia fertilizantes, outras plantas para compor o jardim e ia adornando, ataviando o lar e, a vida dos pais, tios, padrinos, irmãos, colegas, companheiros, amigos, marido, sobrinhos, afilhados,vizinhos, primos...
Minha avó era natural de Viçosa do Ceará, na Serra Grande, como é conhecida a Serra da Ibiapaba, de onde veio meu amado marido Erivaldo, que segundo, nosso colega professor Augusto, funcionário público, concursado da UFC, o Eri veio descendo pela Bica do Ipu, num cipó, como se fosse a Iracema, de Martins Soares Moreno, na literatura de José de Alencar. Ele afirma que o Eri ou Peri, como é chamado pelos amigos, de residência universitária, como nosso querido, inesquecível, Engenheiro Químico, Neusimar. Sou grata pelo pai dele ter esperado e, ter querido nos conhecer, num dia muito especial para todos, que foi o dia da colação de grau do Neusimar, em Engenharia Química, pela Universidade Federal do Ceará, em 2001, com a faixa vermelha.
Sou grata especialmente a ele pelas orações e boas vibrações, quando eu estava no Monte Klinikum, hospitalizada com infecção generalizada e ao seu santo de devoção o Zé Pilintra. Santo de todos os "Carnavais, Malandros e Heróis", pedindo licença para citar o título de uma obra de Roberto Da Mata. Onde em um dos capítulos, o que eu escolhi para me aprofundar, estudando e refazendo, através de uma análise, ele trata do tema: "Sabe com quem está falando?". Ele aborda a coação que muitos poderosos ou pessoas que pensam ser poderosas, pessoas que pensam ter o "Rei na barriga", serem nossa Senhora, ou Iemanjá, em Terra, e usam de seus títulos ou seus cargos para menosprezar, humilhar, moralmente e até atingir fisicamente os que, momentaneamente, provisoriamente, estão ocupando locais fáceis, vulneráveis, frágeis, para eles "pisarem" e manipularem do jeito que mandam suas consciências, seus juízos. Ah, sim, porque são juízes perfeitos, sabem julgar a tudo e a todos. Querem estar acima de Deus Pai, por causa de seu poder econômico. Pautam os jornais, decidem o que vamos assistir nas TVs ou ouvir nas rádios. Geralmente, sem fazer uma pesquisa da recepção, da audiência. Vão mandando seus conteúdos, suas "bombas de mil megatons", mais prejudiciais para a vida e o cotidiano de alguns cidadãoos, pagantes de seus impostos, do que a bomba que destruiu Hiroshima e Nagasaki. O Homem deve preocupar-se além do veneno que traz para dentro de si, com o veneno que destila na vida do próximo. Existe muito lobo na pele de cordeiro. muita gente que se esconde atrás da religião, que pode ser um padre, um pastor, um palestrante espírita, enfim, cuidado. Cuidado com o que falam, o que julgam, quem julgam, cuidado com seus filhos, netos e a posição espiritual de sus antepassados quando prejudicam outras pessoas. Em vez de cuidar da vida alheia, cuidem da famíla, dos sofredores, dos suicidas que carregam nos ombros, dos abortos, que lhes rodeiam.Na família do meu Pai, continuando no espírito de gratidão, quero agradecer ao vovô Florêscio, pelo exemplo de homem tranqüilo, paciente, que nunca falou mal de ninguém, nem da própria esposa, nunca foi muito severo com os filhos e sempre nos deixou buscá-lo da casa da tia Isabel, através da feira, até chegarmos em casa, onde ele era barbeado, cuidado e ainda íamos à Farmácia Crisóstomo procuar por sua "Cachacinha Alemã", um produto natural, remédio preventivo para trombose. Ele nos contava muitas histórias de Trancoso, que não sabíamos se eram reais, ou quem as tinha contado a ele. Eram histórias do sertão, dos açudes, dos encantados. Ele pedia atenção, para as histórias, e confirmação para o meu pai, "Né Alberto?" parece muito quando o Médium Florêncio vai fazer uma de suas obras de pintura mediúnica, que pede absoluto silêncio e atenção. Trancoso, além disso, imagino que é uma praia da Bahia. A vovó Raimunda Mateus, ambos de Boa Viagem, também veio morar na casa da tia Isabel, depois de passar por nossa casa e construir um lar. Hoje em dia, é a casa e estacionamento do Hedilberto Hermes, meu irmão mais novo, o caçula. Eu bricava muito com ele de super-massa da Estrela fazíamos brinquedos de massinha de modelar e acompanhava um salão de barbearia, no qual os bonequinhos, cheios de massinha plástica, anti-alérgica, iam se fixando na cadeira de barbeiro, enquanto girávamos uma manivela e seus cabelos de massinha colorida iam nascendo, nas cabecinhas, pois eram cheias de poros, furinhos, para a massinha passar e modelarmos o penteado do bonequinho. Brincávamos que a massinha era sorvete e enchíamos tacinhas com bolotas de massa. Os clientes eram os carrinhos dele. Brincávamos de carrinhos, como se fossem gente, não brincávamos de boneca, de casinha. Ele tinha uma metralhadora e botas do Rambo.
Os carrinhos tinham nome: era o polidinho, um fusquinha vermelho, que parecia o bonequinho, propaganda da Policar, a Lelinha, que parecia uma Brasília ou um Corcel amarelo, o Azulão, que era tipo um furgão, e a Vermelhinha que era uma pampa, que tinha uma jaula girante na caçamba. Era um Drive-Tru, os carrinhos estacionavam na sorveteria e se serviam. Ele tinha também um carrinho de montar e desmontar, as peças, com as ferramentas, como se fosse uma oficina. E um carrinho do Mickey bombeiro, com sineta, mangueira e tudo mais. Porque dizem que Deus é Mais. Agradeço, por último, mas não menos importante, pois, apadrinhou nosso casamento, nossa união, deu permissão, praticamente, para que o erivaldo casasse comigo e me deu a oportunidade de conhecer meu sogro, ainda em vida, ser abençoada, entregue nos braços do Eri e ainda conhecer a mãe do Raimundo Moreno, na feira de São Benedito, pois somos Conterrâneos. Asssim como eu, nossos antepassados são da mesma Serra, a Serra Grande.

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