Os intocáveis

Sou do tempo que passávamos as madrugadas assistindo ao Marlon Brando atuando em: Os Intocáveis. Após o programa dos Trapalhões, onde eles chamavam: Os Piratas! E não ia dormir, na noite, de Natal, sem o Especial da Xuxa, o Especial da Disney, com o Scrutch, a missa do Galo e a Noviça Rebelde. No SBT, não podíamos perder quem seria a nova Miss Brasil, pois a miss Ceará, já era eleita no programa Armando Vasconcelos, matutino, e alguns dias depois saía o resultado mundial da miss Universo. Todo o Brasil esperando a revelação de uma nova Marta Rocha. Uma miss de simpatia e beleza. Nessa ordem. Dia de ano, a mãezinha batia lata no quintal, lata gigante de margarina Primor, para chamar o Ano Bom. E na televisão a programação era muito tambor, tamborim e cuíca das Escolas de Samba, o primeiro grito de Revéillon e Carnaval. Era a hora da Ritinha, loira, com os cabelos frisados, no papelote, neutralizados, com Wella Chic, subir para o quarto do tio César. E descer de lá, no dia seguinte com aquele sorrisão. Ela era a organizadora da "brincadeira do poço, se jacaré dar, vou, se não for, apanha..." (Era nessa brincadeira que virávamos de costas, crendo que a justiça é cega, com a espada desembanhada, estilo Santa Bárbara Guerreira, toda vestida de vermelho, como a estrela, a Dalva, a escada, de "Eles não usam Black tie" de Gianfrancesco Guarnieri. A direção era de Marcelo Costa, Ivanildo, Ivonilo Lavor, Socorro Abreu, Deujiolino Lucas, estrelando Márcia Abreu, como Chapéuzinho vermelho" e nossos palpites.) Na brincadeira do poço, escolhíamos aleatoriamente, a quem iríamos dar a cesta básica de Carmem Miranda, ou seja, a cesta do amor, uma fruta: Pêra, Uva, Maçã ou Salada Mista. Pêra era um aperto de mãos, uva, um abraço, maça, beijo no rosto, salada mista, um selinho, beijinho, na boca. O Miele também fez uma brincadeira assim, num programa, nas madrugadas, antes do Mão Branca, mas as frutas eram reveladas nos mamilos das modelos e atrizes, na Bandeirantes. Onde eu ficava só esperando para assistir: Ô Clube do Bolinha! Depois, o SBT criou o Fantasia. Esse programa era vespertino e aproveitava a fama meteórica da Modelo Sem-Terra Débora Rodrigues, A Adriana Colin, que não era a cadela Lesse, a Jacqueline Petckovitch, que não jogava no Palmeiras, e a Tânia Mara, do hit: "Sempre que quiser um beijo, eu vou te dar! Tua boca vai ter tanta sede de me tomar, se quiser... Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão. Deixa eu te levar!" Elas quem contavam o tempo, apontando no relógio de pulso, de Santos Dumont, que deixou a patente pro cão e apontavam suas cabeças, no intuito de significar: Imaginem! Pensem! Rápido! Fast! Ou então como o carnaval da LUKA, em São Benedito da Serra Grande, da Ibiapaba: "Tô nem aí! Pode ficar com seu mundinho que eu tô nem aí....de pés descalços, meu mundo andava de pernas pro ar... vou perder o seu nome, seu rosto, fiz questão de apagar, agorta eu tô em outra... Tô nem aí, tô nem aí, pode ficar no seu radinho, que eu não vou nem ouvir". Luka se preocupava com a necessidade dos irmãos na radioterapia, com a dureza da energia nuclear utilizada na medicina.

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