De Lauro César Muniz: O Parto dos Telefones

Eu já fui atriz, canastrona, do grupo Aprendizes de Dionísios, que como principal objetivo, a formação de público para as obras de teatro. O grupo, sob a direção de Marcelo Costa, Aprendizes de Dionísios, e do Balaio infanto-juvenil, sob a direção de Augusto Abreu. Uma das últimas apresentações da qual participei, no Teatro do Ibeu-Aldeota, foi "O Parto dos Telefones", quando eu interpretava uma enfermeira, (a Ana Nery?) que trazia, da sala de parto, os filhos da Belinda, Rosângela e seu marido Lucieudo. Eram dois telefones gêmeos. Porém, sempre muito desastrada, tentando chamar a atenção de todos para minha entrada, derrubava os telefones, recém-nascidos, no chão do palco. Eram choros, sonoplásticos, dos telefones e risos da platéia. Os telefones eram aqueles antigos, pretos, com um disco numerado, girante, para realizar as ligações. Tudo autorizado pela SBAT, Secretaria ou Superintendência Brasileira de Arte Teatral, através do João Falcão, quem assessorava os grupos, juridicamente, no Sudeste. (Se eu fui Sarah, cobri uns cheques: Sarah Kubischeck, além de enfermeira, nome de hospital. Além da queda, o coice. A Eguinha ou Equina Pocotó, empacotadora de Mercadinho São Luiz.) Ou poderia ser a vaquinha Nely, dos Estúdios de Wall Disney. Aquela que ficava cheirando as flores, da primavera, junto do touro, manso demais, para as touradas de Madri. Eles passavam o dia balançando as caldas, os sinos, chocalhos, entre as flores. Tudo narrado, por uma voz; unisciente e bem agradável, entre sons do vento, pássaros, grilos, e da mãe natureza. Assisti.

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