Rua Valdery Uchôa, Ancião Valderi, pai da Vanessa, da Valéria e do Valderi Júnior/ Irmãs Maranguape e Jardineiras da Dinny e Jonny

A professora Fátima Portela mora na Gentilândia, na rua Valdey Uchôa. O interessante é que na congregação das Testemunhas de Jeová, Granja Ceará, o Ancião, Valderi, Casado, imagino que a esposa dele se chamasse Marluce, tinha três filhos: Valéria, Vanessa e o pequeno, que era a cara do pai, que não lembro o nome, mas imagino ser o Valderizinho Júnior. A Vanessa soube que eu fazia o curso de confecção de bijouterias na Nobre Bijoux e me pediu uma pulseira rosa bebê. Eu confeccionei com peças que tinham em casa, com fechos, estilo terminais, que fechavam como pirâmides, queimando as pontas do miolo. Tinham cabelos de pequenas Cleópatras, estilo Chanel. Hoje, vim para a Parangaba, ou seja, nem saí do bairro, mas tive uma alegre surpresa: o mercantil do Seu Valderi, onde meus avós tinham conta, o famigerado, fiado, a caderneta, está novamente aberto. As contas eram no papel de pão mesmo, tipo a música do Jorge Aragão. E depois do falecimento da mãezinha, a família cresceu, as agregadas também tinham direito a fazer suas compras no papel de pão do Seu Valderi para o Paizinho pagar no final do mês. Ele era gente boa, usava uma prótese peniana e comia muito mastruz com leite, que ele mesmo cultivava. Ele não era o Marinheiro Popay, mas tinha muita Olívia Palito na cola dele. Gipe.
Aqui no beco, onde ele morava, era legal passar as férias porque tinham as irmãs Maranguape, que também moravam no beco. Elas me levavam para a congregação do Montese, para a pregação, no campo e para o Congresso, onde encontrava com o Julinho, instrutor do Hedilberto, e a Socorrinha, meus melhores amigos, filhos do Seu Ribamar e da Dona Luzia e irmãos da Dâmaris. As Testemunhas de Jeová, irmãs Maranguape, vinham me buscar em casa, porque eu ainda era muito jovem, criança. Elas sempre secavam o cabelo antes de ir para a igreja, porque achavam ridículo sair de casa de cabelo molhado. Era como se fosse falta de respeito para consigo e para com o próximo. Pedra de tropeço. Congresso era bom também porque minha mãe mandava fazer roupa nova e confeccionar sapato novo, no genibaú, onde tinha sapateiro que fazia umas botinhas, tipo uns scarpans. O tecido das roupas eu ganhava da madrinha Eunice, eram as blusas dela, de seda, que a mãe mandava reformar, apertar, cortar, modelar e eu usava as roupas da minha madrinha. Eram as mesmas que eu ia para o colégio dia de sexta-feira, quando podia ir à paisana, com a diferença que ela mandava fazer uma jardineira jeans, na fábrica Dinny e Jonny, que servia o ano todo para ir ao colégio ou passear no centro da cidade. Quando rasgava ou ficava curta, ela mandava fazer outra jardineira, na mesma fábrica, do mesmo modelo, com um bolso na frente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Na Lista Telefônica Listel: Disk-Piadas 137, Disk Amizade 144, Disk Horóscopo 134

Maria Padilha, Raimunda e Raimundo Padilha

O Sol