Gratidão à minha tia Célia, a caçula, das mulheres, que eu sinto muita falta

Um dia a tia Célia, chegou em Fortaleza, muito feliz, casada, com o tio Solano, filho do prefeito de São João do Piauí, chegou num Opala Comodoro com o marido e as duas filhas, a Silana, a mais velha, e a Sinara, a caçulinha. Bem gordinhas, saudáveis, bonitas e bem-cuidadas. Negras de cabelo bem lisinho, parecem duas índias. Quando recebíamos a notícia que a tia Célia estava voltando, a madrinha sempre chegava para limpar a casa por completo ou pagava alguém para limpar, a Rosilda, ou a Nezira, da serra grande, de Viçosa, para receber a tia Célia e a nova família. Ela lavava e encerava a casa toda. Mas, a tia Célia sempre gostava de presentear a mãezinha com a melhoria da casa. Ela ia ao centro da cidade e comprava móveis. Trocava os móveis rasgados, ou arranhados, por móveis novos. A mãezinha dizia que ela era filha da Conceição, que conhecia a mãe dela, que ela até a visitava, mas a mãe, de coração mesmo, era a mãezinha, a Dona Alzira. A tia Célia me trouxe uma camisa branca, com um capus, tipo um agasalho, com um Champingnon amarelo, nas costas, e outro no peito, como se fosse um escudo, como se fosse o emblema da nossa escola. Ela me deu também um conjunto de lycra amarelo, com decalques furta-cor, brilhosos. Eram algas marinhas, águas-vivas, medusas, e caravelas. E me deu também uma sandália preta, com florzinhas verdes, em aplique, estilo chinelo de japonesa, de gueixa. Ela me levava para o Aeroporto Internacional Pinto Martins, onde comemos patas gigantes de Caranguejo, selecionadas, com molho Rosé, num restaurante de cozinha internacional, para turista apreciar. Hoje, meditando, acho, que ela queria dizer, como a música da Jamile, campeã dos calouros do programa Raul Gil: "Champiom, Winner!" Porque quando o tio solano soube que eu estava estudando francês e Inglês, na Escola Técnica federal, ele disse que ia pagar uma viagem, para eu conhecer Paris, a capital da França. Traduzindo a música da Jamile: "Campeão, vencedor! Deus dá asas, faz teu vôo! Essa fé que te move, te mostra teu valor!" Um dia o Erivaldo chegou com uma história, da Revista que ele trabalhava, que tinha um diagramador chamado Winner, que queria vender, para ele, um terreno com uma planta, para fazermos uma casa tipo um sobrado, tipo um duplex. Ele achou muito difícil, oneroso, compar material de contrução civil, contratar e pagar mão-de-obra qualificada e ainda gerenciar todo o processo de construção, dos alicerces até os acabamentos. Então, partimos para a contratação de uma encorporadora, a Porto-Freire, Engenharia. Quando nós compramos um carro automático, tipo o Opala Comodora da tia Célia e do tio Solano, contratamos um motorista, seu Sérgio, o marido da nossa manicure, que ela dizia que estava desempregado e precisando de auxílio, de pelo menos, um bico. Nós o levamos para passar o natal conosco, em são Benedito, na serra Grande, a serra da Ibiapaba. Ele levou câmera fotográfica e no caminho, quando paramos em Sobral, para almoçarmos, ele tirou fotos do arco do triunfu de sobral, com o filho, ficou muito encantado com a paisagem verdejante de todo o caminho até a Serra. Jogou sinuca com os irmãos do Erivaldo e os amigos dos bares vizinhos. Passou o dia rindo e imitando o coxinha, personagem do comediante Iran del Mar. Quando chegou a noitinha que fomos avisados que havia um circo na cidade e o Erivaldo estava embriagado, não tinha condições de dirigir nem um carro automático, o sr. Sérgio "bateu fofo", disse que ia dormir, que não ia levarnos ao circo, nem pelo laser do filho dele. Enfim, eles ficaram dormindo, descansando, e o Erivaldo foi para o Front. Levou a mim, o cumpadre Anastácio, o José Henrique, o Francisco das Chagas, o Jerônimo Neto, o José Henrique, a Joana D´arc, a Vanessa e a Ariele, no meio da escuridão, para encontrarmos um Circo, sem endereço certo, que não tínhamos como nos informar. Mas, graças a deus, deu tudo certo. O que o palhaço mais falava era: "Cheire meu pau" e chamava a Antoneli.

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