Da Itaoca ao Montese

O Jornalista Paulo Verlaine, disse que ia mandar seu filho, Fernando, para o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Poderia ser Itaoca, o bairro onde nasci. Ou Itapajé, a cidade de onde meu avô, trabalhador da fábrica CERAMA, de azulejos, e posteriormente Mecânico, era natural de Itapajé. Ele casou-se com a vovó Alzira que era da Serra de viçosa do Ceará, onde morava nosso primo Jerônimo e nossa prima Vitória, branca, de olhos verdes e cabelos pretos, bem lisinhos, como uma índia, a Totó, que se casou com o Djalma. Quando ela vinha à Fortaleza, trazia mel de cana e de Jandaíra e muitas petas, uns bolinhos de goma da consistência de rosquinhas amarelas, sendo branquinhas, alvas como a neve, para levar para o colégio como merenda e distribuir para os coleguinhas, quando eu cursava a Alfabetização, aos 5 anos de idade, num colégio, particular, Gualter Marques, mesmo já sabendo ler e escrever, pois em casa tinha caligrafia, tabuada e cartilha, comprada aqui perto, na esquina, na mercearia do Sr. Valderi. Era caligrafia após caligrafia. Depois estudei nos colégios Mesquita Mendes e do Dom Bosco, onde não cursei o maternal e pulei o Jardim I. Eu ia de bicicleta com meus tios César Augusto ou Jean Fabian. Era um caminho da Parangaba ao Montese. A tia Elza dizia que eu era seu grude, não podia sair da sala, ir nem à diretoria, ou a sala de reunião dos professores, nem sequer ir ao banheiro, sem mim. A diretora era a professora Gilvanira, uma freira. Ela pedia que cantássemos todos os dias o Hino Nacional Brasileiro, no pátio, antes de entramos, em sala de aula. Em casa, eu tinha cadernos de caligrafia, tabuadas e os Hinos da Bandeira e da Independência. Também uma coleção com os vultos brasileiros, muitas enciclopédias sobre botânica, zoologia, entomologia e livros dos contos de fadas árabes e outras histórias orientais, além das conhecidas histórias da Branca de Neve, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, de Maria Clara Machado, que participei da adaptação em formato de peça teatral, sob a direção de Augusto Abreu, no Teatro do Ibeu Aldeota, na rua Nogueira Acioly, próximo à Igreja Católica Cristo Rei. A Márcia Abreu era a Chapeuzinho Vermelho, a Socorro Abreu era a mamãe Chapeuzinho, o Deugiolino Lucas era o lobo Mau, O Cícero Medeiros era o Caçador e o responsável pelo cenário, o Márcio Bato era o tronco, eu, Herik, a Andréia, esposa do Kildare (parece marca de sapato), produtor, ator e diretor do Grupo Abre-Alas, que mais tarde encenou a história de amor do Príncipe Aladim (Kildare) e da Princesa Yasmin (Andréia) e Rei-Leão. a Kika, a Érica, a Rosângela e a Klícia éramos as árvores da floresta encantada. O Jackes era o maquiador. A Christiane Pessoa fez a concepção do figurino. O Marcelo Costa, como presidente e criador do grupo Balaio, ficava no amparo social, tínhamos direito a vales-transporte e uma ajuda de custo. A Klícia era aluna de Comunicação Social, na UFC e noiva do Isaque, que tinha uma banda de Rock´n roll, que tocava sempre no restaurante e pizzaria Nevada. Nós moramos na Av. Pontes Vieira, por quase dois anos, na casa do Homero, e nunca vimos show de Rock, nem a Klícia ou o Isaque, lá. Mas, nosso amigo Márcio Rodrigues, o Filet, do Conjunto Ceará, do Maculelê, do Perifolia, da Rua 614, quase irmão do Hedilberto, marido da Jose, irmã do Jessé, quase um babá, para mim, nos tempos de fisioterapia. O Márcio é pai de uma linda menina, nossa afilhada, sempre ia nos visitar, com a famíla, na Av. Pontes Vieira, para saber como estávamos, para nos acompanhar numa cervejinha gelada, numa pizza, para mostrar como a princesa está crescendo formosa. Nota: Aladim, na casa dos meus avós era um homem loiro, de cabelo estilo surfista, irmão da Nenén, que moravam no Maracanaú. Eles ajudavam na limpeza, no jardim e na cozinha.

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